Última atualização em 10 de setembro de 2025 Jornalista RenatoGlobol
Que diabos tá acontecendo nos Estados Unidos de Trump?
É como chegar no cinema no meio do filme: você senta, pega a pipoca, e percebe que não entende nada. Quem é o herói? Não tem. Quem é o vilão? Tem um elenco inteiro. E o pior: todo mundo tá no mesmo time — o time dos que têm grana, poder e a certeza de que o mundo gira em torno deles. Só que, enquanto os ricos se digladiam por quem vai apertar o botão nuclear, o povo lá embaixo tá virando estatística. E a pipoca, aliás, já acabou.
No centro do palco, temos o Trump — aquele boneco de posto com cabelo de espanador e pose de messias. Não é um político. É um empregado. Um fantoche de quinta categoria, contratado pela ala financeira da elite para brigar com a ala industrial. É uma guerra de patrícios de terno e gravata: de um lado, os que só enxergam números na bolsa; do outro, os que ainda cheiram a graxa de fábrica. E no meio, o Trump, vestido de salvador da pátria, mas que na verdade é só o animador de auditório da burguesia, aquele que grita “olê, olê, olê, olá” enquanto o país despenca.
O truque dele é simples: flood the zone — encher o ventilador de merda até ninguém conseguir respirar. É tanta desgraça por dia que a gente nem consegue acompanhar. Um dia é militarização, no outro é decreto arbitrário, no outro é mudança de nome do Departamento de Defesa para “Departamento da Guerra” — como se mudar o rótulo da garrafa fosse o suficiente pra esconder que o vinho já virou vinagre. E enquanto isso, ele vende boné de “2028” na lojinha da Casa Branca, mesmo sendo ilegal concorrer pela terceira vez. Mas ele ri, porque sabe que a lei, pra ele, é só sugestão.
E a Guarda Nacional? Ah, aquela força estadual que deveria obedecer aos governadores? Agora tá mais parecida com um exército particular do Trump. Mobilizada em Washington sob o pretexto de “combater o crime” — depois que um segurança do Elon Musk apanhou de dois adolescentes. Claro, né? A capital virou zona de guerra: pontos de checagem, patrulhas do FBI em bairros ricos, gente em situação de rua sumindo do mapa. Quando perguntaram ao secretário de Defesa (ou seria de Guerra?) o que aconteceu com essas pessoas, ele soltou um “não é problema meu” com a cara mais lavada do mundo. É o mesmo que ver o vizinho dormindo na calçada, jogar um balde d’água nele e dizer: “tá limpo, agora some”.
O ICE, a agência de imigração, graças ao Trump virou uma polícia secreta mascarada, com orçamento maior que o de muitos países. Invadem escolas, sequestram quem tem “cara de errado”, e não precisam mostrar identificação. O due process — aquela regra de “você tem direito a defesa” — agora é opcional. Vale só pra quem tem sobrenome europeu. Pra quem é latino, pobre ou só tem a pele escura, é “cala a boca e entra no camburão”.
E como ele Trump faz tudo isso? Por decreto. Um papelzinho assinado com caneta dourada vira lei. Se alguém reclamar, ele diz: “vai pro juiz”. Só que o juiz demora meses. Enquanto isso, mil vidas já foram destruídas. A Suprema Corte, em vez de barrar essa farra, decidiu que cada estado julga no seu ritmo. É o mesmo que dizer: “o ladrão pode roubar sua casa, mas você precisa processar ele individualmente. Ah, e ele já roubou a do seu irmão, do seu tio e do padeiro”.
No Texas, os rapazes do partido dele estão redesenhando os distritos eleitorais pra garantir que continuem no poder — mesmo que o povo vote contra. Quando os deputados democratas fugiram do estado pra impedir a votação, os republicanos os prenderam dentro do Capitólio. Um deles foi segurado à força. Imagina se fosse você tentando sair da padaria sem pagar: “senhor, o senhor não pode sair até quitar a conta”. Só que aqui, a conta é o direito de voto.
E o caso Epstein? Ah, o Epstein. Trump prometeu revelar todos os documentos. Não revelou. Pelo contrário: o governo dele tá apagando nomes de republicanos dos arquivos e deixando só os dos inimigos. É o mesmo que roubar o bolo da festa e culpar o cozinheiro. E enquanto isso, vítimas desaparecem — algumas, literalmente.
No fim das contas, o que temos é Trump que pode até ser um político louco e mais. É um sistema podre, onde os ricos brincam de tabuleiro enquanto o povo paga o pato — sem nem direito a comer pato no almoço de domingo. Os democratas? São aquele time de “pau mole” que entra em campo pedindo desculpa. Enquanto isso, o Trump vende boné de “ditador” e chama isso de “programa de governo”.
O império americano tá caindo, mas com pose de estrela de cinema.
O Trump é só o boneco de posto rodando no vento.
E quem paga a conta? Como sempre, o pobre, o preto, o imigrante, o invisível.
Com juros, correção monetária… e ainda ouvindo discurso de “liberdade”.
Se tem uma lição que a bagunça americana nos dá é clara: quem brinca de guerra entre ricos enquanto o povo paga a conta está sempre à espreita. Brasileiros, acordem! Observem, questionem e preparem-se para não deixar que bonecos do poder, vaidosos e incompetentes, transformem o nosso país em playground de elites. Aprender com o desastre alheio é grátis — e pode salvar vidas.
Por:
Renato glçobol