Última atualização em 8 de dezembro de 2024 Jornalista RenatoGlobol
Como a lógica financeira molda a desigualdade social
A financeirização da economia e sua influência na desigualdade social.
Quando falamos sobre financeirização da economia, o assunto pode parecer complicado e distante, certo? Mas, na verdade, ele tem tudo a ver com o nosso dia a dia, especialmente quando pensamos na desigualdade social. Vamos explorar juntos esse tema para entender como ele impacta a nossa vida.
O que é financeirização da economia?
De forma simples, financeirização da economia é quando o setor financeiro se torna mais importante do que o setor produtivo. Isso significa que muitas decisões econômicas priorizam lucros rápidos e interesses de investidores, deixando de lado o desenvolvimento sustentável e a geração de empregos.
Esse processo começou a ganhar força nos anos 80, junto com o avanço do neoliberalismo. Antes, a economia era mais focada na produção e no trabalho. Hoje, ela é guiada pelos mercados financeiros. E o que isso muda na sua vida? Vamos descobrir.
A ascensão dos rentistas
Os rentistas são pessoas que vivem de rendas financeiras, como juros e dividendos, e não de salários. Com a financeirização, esse grupo ganhou mais poder. Mas será que essa concentração de riqueza faz bem para a sociedade? Parece que não.
Esse modelo de economia aumenta a desigualdade. Os lucros, que antes eram divididos de forma mais justa entre trabalhadores e empresários, agora estão concentrados nas mãos de uma elite financeira. É como se todos estivéssemos em uma competição, mas alguns começassem bem à frente.
Os impactos na desigualdade
Agora que você entendeu o que é financeirização, veja como ela afeta a desigualdade em dois pontos principais:
- Aumento da desigualdade de renda
Enquanto os salários ficam estagnados, os lucros do setor financeiro crescem. Isso cria um abismo entre os mais pobres e os mais ricos. Cada vez mais pessoas vivem na pobreza, enquanto uma pequena parcela acumula fortunas. É urgente repensarmos esse sistema. - Impacto no mercado de trabalho
Empresas pressionadas por lucros rápidos costumam cortar custos, o que muitas vezes significa demissões ou condições de trabalho mais precárias. Além disso, o desemprego é usado para forçar os trabalhadores a aceitarem salários baixos, dificultando ainda mais a busca por melhorias.
O papel dos bancos centrais
Os bancos centrais também têm responsabilidade nesse cenário. Eles deveriam proteger a população, mas acabam favorecendo os rentistas. Na crise de 2008, por exemplo, enquanto milhões perderam suas casas, os bancos foram resgatados com bilhões de dólares.
Taxas de juros e desigualdade
Altas taxas de juros são usadas para controlar a inflação, mas quem realmente se beneficia? Certamente não é a maioria da população. Rentistas saem ganhando, enquanto o acesso ao crédito fica mais difícil para quem mais precisa.
Reflexões sobre o neoliberalismo
Com a queda do muro de Berlim e a desregulamentação dos mercados, o neoliberalismo ganhou força. Porém, será que esse modelo econômico funciona para todos? O que a história mostra é que, em épocas de maior regulação, como após a Segunda Guerra Mundial, os países garantiram mais bem-estar para suas populações.
E agora, o que fazer?
Sabemos dos problemas. Agora, precisamos de soluções. É fundamental lutar por uma economia mais justa, que beneficie a maioria das pessoas e não apenas uma elite.
- Mobilização social
Protestos e campanhas de conscientização são ferramentas importantes. Pequenas ações no cotidiano também podem fazer a diferença. - Educação
Precisamos ensinar as futuras gerações sobre a importância de uma economia mais inclusiva. Escolas e universidades podem ajudar a espalhar esse conhecimento.
Considerações finais
A financeirização da economia está diretamente ligada ao aumento da desigualdade. Não podemos aceitar isso. Devemos agir para construir um sistema mais justo, que beneficie a todos.
E você, o que acha? Vamos discutir e pensar em formas de transformar essa realidade? O futuro está em nossas mãos!
Por: Renato Mendes de Andrade – Jornalista – MTB 72.493/SP