Rio Amazonas revela tesouros
Última atualização em 23 de setembro de 2024 Jornalista RenatoGlobol
Antigas Esculturas Rochosas Emergem com a Baixa do Rio Amazonas devido à Seca
A cidade de Manaus, no coração da Amazônia, viu emergir um tesouro arqueológico impressionante nas margens do Rio Amazonas. Esculturas de rostos humanos, datadas de até 2.000 anos atrás, ressurgiram das profundezas do rio à medida que seus níveis caíram para mínimos históricos, devido à pior seca que assola a região em mais de um século.
Os primeiros indícios dessas esculturas já haviam sido avistados no passado, porém, agora, testemunhamos uma diversidade maior delas, o que se apresenta como uma oportunidade valiosa para os pesquisadores determinarem suas origens. Conforme relatado pelo renomado arqueólogo Jaime de Santana Oliveira, em uma entrevista recente, algumas áreas revelam sulcos suaves na rocha, indicando serem locais onde os habitantes indígenas, há muito tempo, afiavam suas flechas e lanças, séculos antes da chegada dos colonizadores europeus.
De acordo com Oliveira, “As gravuras que estamos presenciando são indubitavelmente pré-históricas, remontando a uma era pré-colonial. A datação precisa, infelizmente, permanece um desafio, mas com base nas evidências de ocupação humana nesta região, estimamos que tenham entre 1.000 e 2.000 anos de idade”.
O local rochoso que abriga essas esculturas intrigantes é denominado “Ponto das Lajes”, situado na margem norte do majestoso Rio Amazonas, próximo à confluência dos rios Rio Negro e Solimões. Oliveira observa que, embora as esculturas tenham sido identificadas pela primeira vez em 2010, a severidade da seca deste ano aprofundou o seu mistério. O nível do Rio Negro, desde o mês de julho, declinou cerca de 15 metros, expondo vastas extensões de rochas e areia onde antes se encontravam apenas águas.
“O que torna esta descoberta ainda mais notável é que, desta vez, não encontramos apenas um maior número de gravuras, mas também a representação de um rosto humano esculpido diretamente na rocha”, relata Oliveira. O arqueólogo é membro do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), uma instituição encarregada da proteção e preservação de locais históricos no Brasil.
Esta revelação arqueológica fascinante nos leva a uma jornada no tempo, relembrando os primórdios da ocupação humana nessa vasta e misteriosa região. Um testemunho eloquente da riqueza da história que reside nas profundezas da Amazônia.
Por Renato Mendes de Andrade
Fonte original: Reuters
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